quinta-feira, 11 de julho de 2013

Desencarna um dos maiores pesquisadores espíritas de todos os tempos

Aos 93 anos Hermínio Corrêa de Miranda (Volta Redonda, 5 de janeiro de 1920) desencarnou no Rio de Janeiro na última segunda-feira, dia 8 de julho. Um dos principais pesquisadores e escritores espíritas do Brasil, assinou suas últimas obras como Hermínio C. Miranda.

Formou-se em ciências contábeis, tendo trabalhado na Companhia Siderúrgica Nacional até se aposentar.
Autor de mais de 40 livros, dentre eles, diversos clássicos da literatura espírita, como Diálogo com as sombras, Diversidade dos carismas e Nossos filhos são espíritos.

Tendo se tornado espírita em 1957, sua vasta produção literária inclui ainda obras que tratam do tempo, de regressão de memória, de autismo, de múltiplas personalidades, dos primórdios do cristianismo, todos assuntos que atiçaram sua inesgotável curiosidade.

Na pesquisa psíquica, além de autor de diversas obras é ainda magnetizador. Dialogando por décadas com espíritos, as suas obras relatam vivências, fatos e fenômenos reais.

Realizou pesquisas sobre reencarnação de personalidades notórias na ciência e na história, como Giordano Bruno e Fénelon, entre outros. Investigou profundamente a mediunidade, a "paranormalidade", deixando como legado um vasto material de estudo que revela, sobretudo, o seu exemplo inspirador para os estudiosos do presente e do futuro.

Nesse leque de habilidades, Herminio acrescenta a de tradutor. Em O mistério de Edwin Drood, de Charles Dickens, a sua tradução valoriza o original. Todavia, a rica construção literária de A história triste, de Patience Worth – cujo enigma investigou –, talvez seja sua mais primorosa tradução.

O seu primeiro livro, Diálogo com as Sombras, foi publicado em 1976. Os seus direitos autorais foram sempre cedidos a instituições filantrópicas.

Obra

A dama da noite (coleção "Histórias que os espíritos contaram")
A irmã do vizir (coleção "Histórias que os espíritos contaram")
A memória e o tempo
A noviça e o faraó - a extraordinária história de Omm Sety
A reencarnação na Bíblia
A reinvenção da morte (incorporada ao livro As duas faces da vida)
Alquimia da mente
Arquivos psíquicos do Egito
As duas faces da vida
As mãos de minha irmã (coleção "Histórias que os espíritos contaram", anteriormente intitulado Histórias que os espíritos contaram)
As marcas do Cristo, publicada em dois volumes
As mil faces da realidade espiritual
As sete vidas de Fénelon (série "Mecanismos secretos da história")
Autismo, uma leitura espiritual
Candeias na noite escura
Com quem tu andas? (com Jorge Andrea dos Santos e Suely Caldas Schubert)
Condomínio espiritual
Cristianismo: a mensagem esquecida
Crônicas de um e de outro (com Luciano dos Anjos)
De Kennedy ao homem artificial (com Luciano dos Anjos)
Diálogo com as sombras
Diversidade dos carismas
Eu sou Camille Desmoulins (com Luciano dos Anjos), publicada também em francês com o título Je suis Camille Desmoulins
Guerrilheiros da intolerância
Hahnemann, o apóstolo da medicina espiritual
Lembranças do futuro (incorporada ao livro As duas faces da vida)
Memória cósmica
Nas fronteiras do além
Nossos filhos são espíritos
O espiritismo e os problemas humanos (com Deolindo Amorim)
O estigma e os enigmas
O evangelho gnóstico de Tomé
O exilado (coleção "Histórias que os espíritos contaram")
O mistério de Patience Worth (com Ernesto Bozzano)
O pequeno laboratório de Deus (anteriormente intitulada Negritude e genealidade)
O que é fenômeno anímico (série "Começar")
O que é fenômeno mediúnico (série "Começar")
Os cátaros e a heresia católica
Reencarnação e imortalidade
Sobrevivência e comunicabilidade dos espíritos
Swedenborg, uma análise crítica

Além destas, Herminio traduziu e comentou as seguintes obras:

A feira dos casamentos (de J. W. Rochester, psicografada por Vera Ivanova Kryzhanovskaia)
A história triste, publicada em três volumes (de Patience Worth, psicografado por Pearl Lenore Curran)
O mistério de Edwin Drood (de Charles Dickens, com final psicografado por Thomas P. James)
Processo dos espíritas (de Madame Pierre-Gaëtan Leymarie)

terça-feira, 9 de julho de 2013

Curupaiti

No último domingo, dia 07, às 14:00 horas, foi realizada a sétima visita do ano ao Hospital Curupaiti, antiga colônia de tratamento da Hanseníase, em Jacarepaguá.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Clamor social: o clímax e a indiferença dos governantes

Divaldo Franco

Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...

Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.

O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.

Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.

A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.

É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.

Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.

O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem e em paz.

Texto publicado no Jornal “A Tarde”, de Salvador, em 20/06/2013

* Divaldo Franco escreve às quintas-feiras, quinzenalmente